terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quanto custa Londres?

Londres, Inglaterra, Reino Unido. Tantas maneiras diferentes de abordar essa cidade, esse país, esse reino. E já que tem que começar de alguma forma que seja a melhor é claro. É bom de mais estar em uma cidade onde se tem tantas possibilidades, onde escolher o que fazer esta noite pode ser uma decisão que exija uma boa pesquisa entre tantas opções (seja sábado ou segunda). Espetáculos de teatro, dança, musicais, shows. Primeiro um restaurante, quem sabe depois um pub?

Sempre bem vestidos é claro, mas que tal parar aqui e tomar um café? Quanto mesmo? 3 do café + 18 da janta + 3 do outro café+ 30 do espetáculo + 6 (duas cervejas) + 10 de gorjetas. Total 70 libras (260 reais para cada pessoa), mas só hoje que o restaurante não era lá essas coisas e não havia mais tíquetes para o espetáculo mais badalado, amanhã depois de algumas comprinhas a gente faz alguma coisa melhor.

E quem paga o conta? O resto do mundo é claro, aqueles que originalmente não pertencem a essa ilha, mas que vêm aos montes para cá fazer o trabalho que a gente daqui não quer fazer. Mas não faz mal, é só dar uma boa gorjeta no final.
Dizem que quem vem pra Londres e converte não se diverte. Comigo não foi assim, porque converti mesmo, não só para reais que é o dinheiro que realmente está na minha conta bem como para os yuans chineses, os bahts tailandeses, os rieis cambojanos, as rúpias indianas e tantos outros dinheiros desse mundo que aqui não valem quase nada.

Depois de ter viajado mundo a fora por quase oito meses não me surpreendi com uma cidade grande, onde quase todas as casas são iguais não importa por onde você ande, com punks ou pubs ingleses. O que realmente me interessou foi entender a dinâmica da economia que faz a libra britânica ser o dinheiro que mais vale no mundo, chegando ao ponto de valer 4 reais ou 2 dólares quando chegamos.

Para os locais não é nada de mais e quem ganha 2 mil libras aqui (salário de motorista de ônibus) tem mais ou menos o mesmo poder aquisitivo de quem ganha 2 mil reais no Brasil. No entanto nenhum inglês quer ser motorista, garçom ou operário. Sendo assim cada vez mais estrangeiros vêm pra cá com esse intuito, sejam estudantes de inglês que torram quase tudo por aqui mesmo, sejam pais de família que economizam e mandam uma boa grana para casa.

Afinal acho que nenhum motorista de ônibus local no Brasil ganha o equivalente a 8 mil reais. Não dá pra dizer que os ingleses gostam dessa situação porque a maioria não gosta e não faz questão de disfarçar, sendo bastante grosseiros com os estrangeiros sempre que tem uma oportunidade.

E quando uma garçonete pede para que o cliente, por favor, repita o pedido para que ela tente entender, acaba escutando “fucking immigrants” como vimos acontecer mais de uma vez. Mas não adianta cara feia lord inglês, se a Inglaterra saiu para conquistar e modificar o mundo há alguns anos atrás será que o mundo não pode se achar no direito de fazer a mesma coisa? Isso com certeza não cabe a mim responder, apenas constatar o que é fato. É difícil ver inglês em Londres. Andando nas ruas, dentro do metrô,...no primeiro dia chegamos a achar que estávamos em um bairro indiano (brincadeira), mas aos poucos alguns tipinhos típicos foram se apresentando.

E na nossa busca por respostas começamos nossa jornada pelos museus londrinos. Aproveitando que são uma das poucas coisas que pode-se fazer de graça na cidade. Desde o Natural History Museum, Science Museum, o Victoria and Albert Museum, o National Gallery, National Portrait Gallery, Tate e é claro o Britsh Museum.


Vimos de tudo, desde nossos primeiros Van Goghs e Picassos até retratos da Rainha Elizabeth (a do séc. 16) em todos os ângulos e idades. No museu britânico muita arte contemporânea e elementos de várias partes do mundo. Mas pera aí, não era museu britânico?

Ou seria melhor museu de coisas que a Inglaterra “tirou” do resto do mundo? Das antigas civilizações então tem coisa que não acaba mais. Estátuas, instrumentos, paredes inteiras, múmias, sarcófagos. Dizem que o Egito em especial tem uma briga boa com a Inglaterra por causa disso.

Sinceramente não sei como vai ser quando a gente chegar lá, se ainda vai ter alguma coisa para ver, porque fiquei até assustada com a quantidade de arte egípcia dentro do museu. E assim algumas de nossas dúvidas começam a ser tiradas. O fato é que se muitas das coisas de valor do mundo estão aqui ou são de alguma maneira controladas daqui, sejam em bancos ou escritórios que existem aos montes; se todo mundo ganha bem e gasta bem aqui dentro, seja pra ir ao médico, andar no metrô, comprar um cachorro-quente...o dinheiro circula e quem quiser consegue ter uma boa qualidade de vida, com direito a tudo que uma cidade como Londres tem para oferecer.

E sem se esquecer que a gente também estava aqui pra aproveitar, com a ajuda da Martha (minha irmã) e do Diego (nosso amigo) que estão morando aqui, tivemos bons momentos em Londres.

Como não poderia deixar de ser conferimos o Big Ben, que como todo mundo já sabe não é tão grande assim, o Palácio de Buckinghan, A St. Paul’s Cathedral, a Tower Bridge, os vários parques da cidade, o aquário de Londres, o Kew Gardens e o observatório de Greenwich, onde o meridiano 0 passa e não importa que hora seja é sempre a hora certa.

Depois de alguns dias o Preto conseguiu um bico no mesmo restaurante onde o Diego trabalha e eu decidi ir sozinha para a Escócia. Ia ser a primeira vez durante viagem que cada um tomaria um rumo diferente. Antes ainda tive tempo de ir ao Madame Tussauds, para conhecer os famosos de cera.

Escolhi duas fotos para colocar no blog. Amy Whinehouse, que continua sendo a favorita dos tablóides e dando assunto aos ingleses e o Shahrukh Khan que depois da nossa passagem pela Índia passou a ser meu galã preferido dos cinemas. Assisti dois espetáculos, o La Cliqué, de circo contemporâneo que foi muito legal e We Will Rock You, musical com as musicas do Queen.

É um dos que está há mais tempo em cartaz, a crítica não gosta muito, mas eu me diverti. Depois eu pegava o bem e velho metrô, caminhava até o Thames e atravessava a Millenium Bridge até chegar ao Swan, bar onde o Augusto estava trabalhando. Posso dizer com certeza que essa é a lembrança mais marcante de Londres dentro de mim. Eu sozinha de noite atravessando a ponte, com toda a cidade iluminada a minha volta ao som do canto de passarinhos. Isso mesmo, Na Millenium Bridge, que é uma ponte só para pedestres, tem um alto-falante que reproduz o canto de passarinhos, não tem trilha-sonora melhor para o momento e se eu pudesse colocava aqui para finalizar esse post e tele-transportar todo mundo comigo diretamente para cima do Rio Thames.

8 comentários:

Leonardo Rios disse...

London London! Acabou a viagem roots? Voltem pra Africa! Aproveitem o velho continente! Abraço!

Augusto disse...

Que nada Leo, os posts andam um pouco atrasados. Ainda tem muita historia roots pela frente heheheheh. Na Europa mesmo a gente so' chega no fim de novembro.
Abraco

Anônimo disse...

Oi queridos...andei ausente nos últimos tempos...essa vida do lado de cá, cheia de prazos acadêmicos...não tá com nada! rsrs Assim q for "mestra", lembra do teu apelido Aline?!, vou fazer uma consultoria com vcs e me largar tbém! rsrs Quem sabe!
Pois então... meu tempo tá curtíssimo...mas sempre enviando energias positivas pra vcs! Saudades! Muita coisa boa ainda tá por vir!!! Se cuidem... e aproveitem o "mundo real" por mim! Bjks Claudinha

Anônimo disse...

Ehhh Finalmente um lugar que eu conheço,heheh!! Caro mesmo,isso que só fiquei 4 dias, mas se preparem a Europa é assim...
Aguardo mais novidades!!
Beijos e saudades sempre!

Mari Mendoza disse...

Aline! Já passou pela escócia?! Minha prima mora lá, posso te mandar o contato dela. Não deixa de conhecer as Highlands que dizem ser imperdíveis. To indo em fevereiro e esse vai ser um dos meus destinos! :D Beijos!! Que vcs continuem sempre bem! Dá um beijão na Martha por mim!

Anônimo disse...

Oie!! Ando numa correria q só leio e não escrevo! Mas sigo viajando com vcs! Um bj bem gde!!

Anônimo disse...

Saudades grandes...
sigam em paz!
beijosss

Anônimo disse...

Mari, que pena, acabamos de voltar de lá...
Claudinha, Camila, Nanda e Tati!!Valeu gurias, sempre na estrada com a gente, não importa se na correria ou não a gente sabe que vcs estão sempre nos mandando muitas energias positivas, vibrando ou chorando, hehe, com a gente!!!
Saudades de vcs!!
Aline