segunda-feira, 21 de abril de 2008

As capitais do Japão

Dessa vez sonhamos alto e voamos alto para realizar nosso sonho. Da janela do avião o horizonte já começava a tomar uma forma arredondada e nós esperávamos ansiosos pelo nosso destino, o Japão. Nunca antes estivemos assim tão longe de casa, exatamente 12 horas de diferença de fuso-horário.
Até o último momento cogitamos a possibilidade de diminuir nossa estadia de 11 para 7 dias, com medo da fama do Japão de ser um lugar fechado e extremamente caro. A decisão de ficar com certeza foi uma das melhores que já tomamos em toda viagem. No final das contas o Japão acabou saindo bem mais barato que a Austrália.
Nosso itinerário incluiu Nara, uma cidade ao sul da ilha principal (Honshu), que foi a primeira capital do país; Kyoto, o principal centro histórico, por onde estão distribuídos inúmeros templos e mosteiros; e Tokyo, a atual capital do Japão, uma verdadeira megalópole super-moderna.

Já na chegada em Tokyo nos deparamos com uma das coisas que mais nos chamou atenção, enquanto a cidade funciona normalmente sobre o solo, existe um verdadeiro mundo paralelo subterrâneo. São inúmeras linhas de metrô e praticamente outra cidade nos andares de baixo, com tudo que se possa imaginar. O negócio é tão grande que dá medo de Tokyo afundar. Finalmente a sensação que estávamos esperando, de olhar pros lados e nos vermos cercados de olhinhos puxados que por vezes nos olhavam curiosos e por vezes eram indiferentes a nossa passagem por ali. Ficamos assustados em ver tantas pessoas usando máscaras e chegamos a pensar será por causa da poluição, será alguma doença? Mas logo veio a explicação, é primavera no Japão e muitas pessoas tem alergia a pólen. Mas essa estação também tem algumas vantagens que só descobrimos ao sair do submundo do metrô.

Sem planejar chagamos ao Japão na época mais fascinante, as Cherry Blossoms estavam todas floridas e deixando a cidade colorida com os mais diversos tons de cor de rosa. Isso só acontece por cerca de duas semanas, uma vez ao ano, no início da primavera, ou seja, tivemos muita sorte.


A sensação de andar debaixo dessas árvores quando bate o vento é de que está nevando, só que a neve são pétalas de flores, incrível.




Nas ruas de uma das maiores cidades do mundo quase nenhum carro e quando existem são táxis cujo preço da corrida é altíssimo. Todo mundo anda de trem ou metrô, desde o operário da construção civil até o maior dos executivos passando pelos mais diversos estilos de mulheres.

Ah, as mulheres japonesas, essas são um capítulo a parte, sempre muito bem produzidas, até as que parecem despojadas dá pra perceber que é o estilo, que mesmo assim gastaram um bom tempo para se arrumar. Botas, casacos, chapéus, penteados, andar pelas ruas e parques dá a impressão de estar em um desfile de moda. Nada over, todas tem muito bom gosto. Só as ruas centrais têm calçadas e somente algumas regiões têm prédios muito altos, mas luzes e pessoas pra lá e pra cá e não faltam, Tokyo não para nunca.
Nas primeiras horas foi um pouco difícil desvendar e relacionar o mapa da cidade com os mapas das linhas de transporte, quebramos a cabeça e procuramos ajuda de várias pessoas. A maioria não falava inglês, mas mesmo assim foram muito prestativos e educados. Uma vez solicitados para dar uma informação eles não dizem não, mesmo que não entendam nada do que está sendo falado. Só sossegam quando perguntam para outra pessoa ou se for preciso, caminham junto até o destino.

Ao chegar a qualquer casa é necessário tirar os sapatos, isso todo mundo sabe, mas nada como experimentar para dar valor. Sapato que anda pisando em rua, sujeira, deixa ele na entrada e caminha na casa limpinha. Por essas e por outras é que aconteceu, no final do segundo dia já estávamos completamente apaixonados pelo Japão, craques nos mapas e até pensando em aprender a falar japonês (de fato aprendemos a falar várias palavras).
Acho que a gente estava tão empolgado que literalmente dissecamos as três cidades por onde passamos, registraremos aqui alguns lugares e acontecimentos especiais.

Em Tokyo, cada bairro tem um grande parque, onde as pessoas costumam passear principalmente nos finais de semana, conhecemos Shinjuku e seus arranha-céus, Ueno e seus museus, Asakusa que é uma parte antiga da cidade que foi bombardeada na segunda guerra mundial, Shibuya um centro comercial por onde circulam milhares de pessoas diririamente, Electric Town e por aí vai.


Um dos lugares que mais nos marcou foi o parque Yoyogi-koen e a região de Harajuku. Especialmente aos domingos o parque fica lotado e as mais diversas coisas acontecem por lá.


Japoneses fantasiados, distribuindo abraços, diferentes performances musicais, vários shows rolando, apresentações de danças tradicionais, rock, mini raves, é inacreditável. Até o velinho de bengala não resistiu e se entregou a música eletrônica.

Em Kyoto a atmosfera é diferente, faltou tempo pra conhecer todos os templos e mosteiros da cidade, um mais impressionante que o outro, apesar de antigos são extremamente bem cuidados, nos fazem viajar no tempo e imaginar o Japão de antigamente. Não dá pra deixar de mencionar os templos Kiyomizudera e Kinkakuji que como dá pra ver é todo revestido de ouro, de cair o queixo.










Kyoto também é famosa devido às gueixas. Elas ainda são muitas na cidade, mas participar de um jantar em sua companhia pode sair um pouco caro, portanto dessa vez nos contentamos somente em vê-las. Andar pelas ruas de alguns bairros aqui é uma experiência e tanto.

Dá pra sentir até orgulho, tudo que é recente está novo e tudo que é antigo está muito bem cuidado. A cultura permanece preservada e eles dão muito valor a isso, não dá pra negar que existe presença da civilização ocidental, mas totalmente pararela.
Nós é que tivemos que nos adaptar e resolvemos encarar um Onsen, banho público japonês. Antigamente as casas não tinham lugares para tomar banho e todos iam banhar-se nesses lugares.

Até hoje muitas pessoas frequentam regularmente os Onsens, que são compostos de diversas duchas, banheiras, ofurôs e saunas. Todo mundo toma banho sentado nuns banquinhos, se lava, se esfrega, se depila, faz a barba e tudo mais, num verdadeiro ritual de limpeza que chega a durar horas. Só depois mergulham em um dos tanques para uma seção de relaxamento que pode ser individual ou em grupo. Todo mundo peladão fazendo aquelas coisas que a gente só ta acostumado a fazer em casa sozinho e de porta fechada. Homens e mulheres separados, mas mesmo assim é uma experiência inusitada. Em Kyoto ficamos hospedados na casa do Dexter que foi muito atencioso conosco e nos levou pra conhecer a cerveja japonesa que diga-se de passagem é muito boa.

Por Nara tivemos uma rápida passagem, porém muito especial. Lá estão os templos mais antigos do Japão, entre eles o Todaiji que é a maior construção de madeira do mundo e que abriga em seu interior o maior de todos os Budas de cobre o ouro. Há inúmeros veados soltos espalhados pelos arredores do templo, mansos, dá para fazer carinho neles, não sei se em algum outro lugar dá pra ter uma experiência desse tipo.

Graças ao Anthony, que nos hospedou na Austrália e morou um tempo no Japão, fizemos contato com uma família japonesa que mora em Nara. Eles nos receberam por uma noite e aqui sim acabamos de desmistificar a fama de pessoas fechadas que têm os japoneses. O casal com três filhos, estava vivendo uma noite de quarta feira usual. Havia uns amiguinhos das crianças que foram para lá jogar vídeo-game ou baseball, mais alguns amigos do casal que foram para uma espécie de happy hour. Ou seja, quase uma festa.

As crianças apavorando, os adultos conversando e comendo, quase não falavam inglês, mas a comunicação rolou mesmo assim. No final todo mundo estava de trago dando risada. Com certeza uma das melhores noites de toda a viagem. Nada como dormir num chão de tatami cercado de paredes de papel, um quarto tipicamente japonês.

De volta a Tokyo, finalmente conhecemos o fomoso Tsukiji Market, o maior mercado de peixes do mundo. Foi interessante acompanhar os leilões de atuns gigantes de manhã cedinho. Os melhores chegam a valer mais de US$ 5.000,00. Mas esse sashimi também não é pro nosso bico.

Os últimos dias foram um pouco nostálgicos, visitamos alguns lugares que ainda faltavam, mas sabíamos que nos restava pouco tempo. Gostamos tanto do Japão que não queríamos ir embora. Nos despedimos conhecendo o Palácio Imperial, infelizmente não foi possível conversar com o Imperador para dizer o quanto apreciamos a nossa estadia por aqui. Fica pra próxima. Sayonara Nippon, foi amor a primeira vista que levaremos pra sempre dentro do nossos corações.

domingo, 13 de abril de 2008

Entre Cangurus e Corais - Austrália

A Gold Coast é assim chamada por ser uma grande faixa de areias douradas por onde estão distribuídas praias para todos os gostos. São mais de 30 quilômetros, logo no início do estado de Queensland, mais ou menos no centro da costa leste da Austrália. A principal cidade (a mais famosa pelo menos ) é Surfers Paradaise.
Com esse nome já dá pra imaginar o que se vai encontrar por aqui...mas não é só isso, não tem como ficar indiferente aos inúmeros prédios gigantes, badalação e infraestrutura desse lugar, que na verdade destoa das suas praias vizinhas, mas talvez seja esse mesmo o objetivo. Passar por aqui dá a impressão de estar numa verdadeira colônia de férias mundial (da Europa principalmente). São vários jovens viajando, parando um tempo aqui e ali para trabalhar, juntar uma grana e seguir viagem. Resumindo: quase todos os lugares, especialmente os albergues são uma bagunça. Por duas vezes em um só dia, ao chegarmos ao hostel, tinha outra pessoa já instalada na cama do Preto. “No problem”, sem esquentar a cabeça tudo se resolve, a final o clima aqui é sempre de festa.

As meninas mais cobiçadas são as suecas e finlandesas, por todo lado que se olha elas estão aos montes, loiras, altas, lindas e maravilhoras, sempre com a maquiagem e o topete impecáveis. Das mulheres brasileiras aqui eles só sabem uma coisa: the brazilian wax (depilação brasileira). Por todos os salões de beleza e banheiros públicos há placas com propagandas cobrando um preço bem gordo para tirar tudo, isso mesmo, tudo! Portanto, sempre quando perguntavam: De onde vocês são? E nós respondíamos do Brasil. Oh, the brazilian wax, uma risadinha era inevitável e por aí vai.
Na nossa opinião o sul da Goald Coast é mais bonito, tranqüilo e com ondas até melhores que em Surfers Paradaise. As praias de Broadbeach, Miami, Palm Beach, são mais tranqüilas e com uma orla bem convidativa para uma caminhada e com aparelhos para quem curte malhar. Já Burleigh Heads, Coolangata e Snapper Rocks essas sim podem ser chamadas de paraíso dos surfistas. Para o pessoal do surf essa região é famosa por ter ondas que quebram perfeitas acompanhando a linha das baías por mais de 1 km de extensão nos seus melhores dias. O Preto finalmente pegou umas ondas...o mar estava pequeno, mas as ondas lisas e longas de água transparentes fizeram a alegria do dia. Nas fotos, Snapper Rocks.

De lá para Brisbaine, a terceira maior cidade da Austrália. Nossa parada aqui foi para conhecer os bichos australianos. Já que não foi possível ir mais para o oeste e vê-los nos seus ambientes naturais escolhemos o lugar que nos parecia melhor e onde poderíamos ver vários de uma só vez. O Austrália Zôo é um lugar com muito espaço, sem jaulas onde os animais tem mais liberdade em ambientes naturais recriados.
Tem a parte que dá medo, com diversos crocodilos e cobras, entre elas a mais venenosa do mundo; tem a parte exótica com os equidnas primos dos ornitorincos e as aves casswaries; tem a parte com várias espécies de cangurus, que ficam soltos pedindo carinho, os sonolentos coalas e seus parentes que vivem no solo os wombats. Escolhemos essa foto por ser um momento raro, um coala se movimentando. A energia que falta num sobra no outro, é tão difícil o diabo da Tasmânia ficar quieto que foi difícil até fotografar. Foi um dia incrível, dá vontade de ficar por lá ou de levar pelo menos um coala e um canguruzinho, a final tem tantos...brincadeira.

Em Brisbane ficamos hospedados na casa do Frank, Scott e seu cachorro Jackson.
Os caras são do bem, mas estão aposentados e ficam o dia inteiro em casa fumando cigarro. A casa da fumaça, fomos literalmente defumados e tivemos que sair para respirar um ar puro. Ao passear pela cidade descobrimos uma praia artificial com areia branquinha e até salva vidas, o Preto que não estava esperando por essa ocasião tratou de se adaptar, onde já se viu um oceanólogo que não está sempre pronto para encarar uma praia?

Nossa próxima parada foi em Hervey Bay, onde pegaríamos um barco para Fraiser Island, que é uma das maiores, se não a maior ilha de areia do mundo. O preço era alto e o tempo não colaborou, portanto decidimos seguir viagem para Arlie Beach, uma cidadezinha na Costa de onde saem barcos para WithSundays Islands, um arquipélago conhecido por ser um dos lugares mais bonitos da Austrália.
Em nosso barco conhecemos um casal inglês que está dando uma volta ao mundo como a nossa, a diferença é que eles já estão nos 60. Também havia um casal de uma francesa e um sul africano que agora vivem e Sydney com dois bebês e já fizeram uma viagem assim há cerca de três anos. Foi ótimo, três gerações de volta ao mundo, muita troca de experiências e incentivo. Para quem olha de fora parece uma maravilha, um bom tempo só viajando, aproveitando e conhecendo coisas novas...só quem vive sabe que não é fácil estar longe de casa, cada dia trocar de lugar caminhando muito com quase 20 quilos nas costas, chegar e não saber o que te espera, e as vezes as coisas não saem como você gostaria, estar sempre na luta para achar o jeito mais barato de fazer tudo, pesquisar muito, caminhar muito, espremer até a última gota de energia e quando deitar a cabeça no travesseiro de mais um lugar estranho pensar, esse é o melhor tempo da minha vida!!!
Bem, em relação ao lugar, WithSundays é inacreditavelmente lindo. Não tem nem como descrever as montanhas circulando uma enseada com bancos de areia que formam uma praia chamada White Heaven, por que será? O dia teve direito também a um snorkel em que tínhamos que usar uma roupa no mínimo engraçada para nos proteger das temidas águas vivas, porque pra tubarão australiano ainda não tem roupa protetora. Dessa vez nenhum dos dois nos atacou, ainda bem.

Agora só restava Cairns, uma cidade já ao norte da Austrália para completar nosso roteiro. A cidade é um dos principais pontos de partida para a Grande Barreira de Corais e a partir daqui não é recomendado pra não dizer proibido se aproximar do mar e dos rios para não correr o risco de ser devorado por algum crocodilo faminto. É, a região norte da Austrália tem mais essa peculiaridade, os maiores crocodilos do mundo, que não querem saber se você é um turista brasileiro encantado com as belezas australianas que estava ali somente de passagem.
Em Cairns tiramos um dia para mergulhar na famosa Grande Barreira de Corais, uma das sete maravilhas naturais, considerada a maior estrutura de organismos vivos do mundo. Em termos de biodiversidade ela é a Floresta Amazônica dos mares, formada por corais das mais lindas cores e formas. Por enquanto estamos mais que satisfeitos de vê-la de baixo d’água, da próxima vez pode ser do espaço.
Aqui também finalmente tivemos um pouco mais de contato com os aborígenes. São vários na cidade e em especial quando anoitece eles saem às ruas em grandes grupos que não se misturam muito com os demais e falam seu próprio idioma. Não tivemos uma boa oportunidade de conversar com algum deles, uma pena, porque seria bom conhecer um pouco mais da sua cultura e estilo de vida.
Em nosso último dia na Austrália decidimos fazer coisas separados, a final já estávamos a tanto tempo juntos que começamos a pensar um com a cabeça do outro, as dúvidas eram as mesmas, resolvemos experimentar e vamos registrar aqui individualmente nosso último dia na Oceania.

O último dia na Austrália por Aline: Enquanto o Preto foi resolver algumas coisas na Internet aproveitei para conhecer o que faltava de Cairns. Havia conversado com algumas pessoas locais que me sugeriram uma trilha na encosta da montanha próxima ao jardim botânico da cidade. Demorei um pouco até achar o início, estava sozinha, de vez em quando passava alguma pessoa no sentido contrário.
A mata fechada, comecei a caminhar e logo escutei alguns barulhos suspeitos, passei por algumas regiões alagadas e avistei placas que indicavam rios e lagos de água doce e salgada. Comecei a suar frio pensando: o que mesmo que eu estou fazendo aqui sozinha? Engraçado, só dessa vez esqueci completamente dos coalas e cangurus, só conseguia pensar nos crocodilos e nas cobras mais venenosas do mundo. Me apavorei, no próximo barulho que escutei dei meia volta e saí de lá o mais rápido que pude. Só fiquei mais tranqüila quando já perto da cidade vi um pato na margem de um lago, se tivesse algum crocodilo por ali, não ia deixar assim barato.
Já no aeroporto fiquei tirando onda da cara do Preto porque toda vez que ele passava pelo detector de metais ele apitava, teve que voltar várias vezes e até tirar o sapato. Daí chegaram dois funcionários me abordando, dizendo que eu havia sido selecionada pra ser revistada pela seguraça em busca de explosivos. Que eu poderia ter que ser examinada em uma sala privada e se me negasse não poderia embarcar. Como fiquei de boa foi só uma revistadinha básica e pronto. Mas foi o suficiente pra eu ficar quieta.
Agora era hora de fazer o balanço final da nossa passagem pela Austrália. Com certeza vimos somente uma pequena amostra desse país, mas o que podemos dizer é que a costa leste é muito bonita, com coisas imperdíveis de se fazer, mas que a exploração do turismo nessa região é um pouco demasiada. A sensação pode ser de ficar sufocado com tanto enfoque ao turismo e com os preços de tudo por aqui. A impressão que dá é que só falta pagar para respirar. Tem que saber administrar bem, cortar algumas coisas pra curtir outras, mas conseguimos nos sair bem. Essa primeira parte da viagem, que incluiu Chile, Ilha de Páscoa, Nova Zelândia e Austrália com certeza foi uma das mais caras, mas dá pra se organizar e fazer muitas coisas sem gastar tanto.

Agora vamos embarcar numa outra etapa, a Ásia, pela qual estamos esperando ansiosos. Os preços nesse continente (com exceção do Japão) são bem menores, a cultura extremamente diferente, e nossas expectativas são as melhores possíveis. Lá vamos nós. Rumo a Tokyo!