A viagem

Nossa viagem começou realmente pouco antes da metade de 2007 quando percebemos que conhecer o mundo era nosso maior sonho em comum. A partir daí começamos a pesquisar como tornar esse sonho em realidade e vimos que com muito esforço e algumas soluções logísticas isso poderia acontecer em breve. Uma vez tomada a decisão começou a batalha para juntar a grana e planejar a viagem. Colocamos aqui alguns aspectos fundamentais e dicas para quem quer realizar algo semelhante.

Organizações internacionais de hospedagem voluntária:
Desde o início de 2007 hospedamos pessoas de várias partes do mundo (Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Finlândia, Eslovênia,...)através desse tipo de organização. Foi uma ótima experiência pois conhecemos muitas pessoas legais, fizemos alguns amigos e bons contatos. Basicamente é só entrar no site e se cadastrar para ter acesso aos perfis e contato de pessoas em todo mundo que fornecem hospedagem. Existem depoimentos de quem já hospedou e quem já foi hospedado por essas pessoas e é bom estar atento. No início utilizamos o Hospitality Club(http://www.hospitalityclub.org) e mais recentemente o Couchsurfing (http://www.couchsurfing.com) que apresenta um site melhor estruturado e tem se mostrado mais eficiente. Mesmo para quem não está pensando em viajar , vale a pena se cadastrar para hospedar mochileiros legais com nós.

Carteira de alberguista:
É importante fazer pois existem lugares onde não há pesoas cadastradas em organizações de hospedagem e para a retirada de vistos em alguns países é necessário ter reserva em algum hotel ou albergue. Os albergues geralmente oferecem a hospedagem mais barata e a carteirinha dá direito a um bom desconto. Outra dica é antes de fazer a reserva mandar um e-mail para o albergue pedindo um abatimento no preço. Nós tiramos a carteirinha internacional do Hostelling Internacional que custa R$ 40,00 pelo site (http://albergues.com.br) e para fazer as reservas estamos usando o (http://www.hostelworld.com)

O roteiro:
Escolher os lugares que queríamos ir juntos foi fácil. Difícil foi organizar como faríamos para chegar até eles. Daí surgiram algumas perguntas. Como iremos? Quanto gastaremos? Lembrando que os preços das passagens variam de acordo com a estação e antecedência da compra. Foi então que descobrimos a Star Alliance www.staralliance.com, uma associação de empresas aéreas que fornece tickets com tarifas especiais para volta ao mundo. Entretanto haviam algumas restrições como limite de 39.000 milhas viagem em único sentido e passagem obrigatória para os EUA para quem sai da América do Sul. Eis que surge nosso primeiro grande problema: nosso roteiro não incluía os EUA e se fizéssemos trânsito por lá excederíamos o limite de milhagem. E eis que surge a solução: a One World (http://www.oneworld.com), uma outra grande associação de empresas oferece opções de tickets com rotas mais flexíveis. Nosso bilhete é o World Explorer que dá direito a 20 paradas no período de 1 ano, 4 paradas por continente, sendo 2 no continente de origem e sem limite de milhas. O itinerário deve ser definido com antecedência para garantir lugares nos vôos. As datas podem ser alteradas sem custos, já mudanças no roteiro requerem pagamento de US$125,00 por trecho alterado. Esse tipo de bilhete restringe um pouco a liberdade de alteração dos grandes trajetos, mas por outro lado sai bem mais em conta que comprar trecho a trecho. Ficamos muito felizes em encontra-lo e a medida que planejávamos estávamos viajando com antecedência.

Passaporte e vistos consulares:
Os novos passaportes devem ser agendados pelo site da polícia federal (www.dpf.gov.br), e o prazo para ficar pronto é de 5 dias. Alguns países exigem que o visto de entrada seja retirado no país de origem e são bastante exigentes quanto à documentação. A maioria dos vistos expira em 3 meses a partir da data de expedição, o que levamos em conta para iniciar a viagem em direção ao Pacífico. Nosso segundo grande problema foi o visto do Japão. Mesmo com todos os nossos documentos em dia foi necessário recorrer a documentação dos nossos pais. Foi difícil, mas agora já estamos com a permissão para entrar na Austrália, Japão e China (a do Japão saiu na véspera). Os demais vistos serão retirados no caminha ou na entrada dos países. Basicamente é necessário comprovar entrada e saída do país, roteiro, renda, situação regular com a Receita Federal, vínculo com o país de origem, passaporte com validade mínima de 6 meses, carteirinha internacional de vacinação contra febre amarela, seguro internacional de viagem (www.vistos.com.br).

Carteira Internacional de Vacinação Contra Febre Amarela:
Para retirá-la é necessário ter o comprovante de vacinação (geralmente realizada em postos de saúde) e dirigir-se a ANVISA nos aeroportos, portos, rodoviárias ou sedes próprias com 10 dias de antecedência.

Seguro Internacional de Viagem:
Muitos países exigem um seguro desse tipo que cubra EU$30.000 para entrada em seu território. Sem contar que é realmente necessário pois os gastos com saúde no exterior podem ser muito altos. O seguro completo mais em conta que encontramos foi o Intercare (http://www.intercare.com.br)

Carteira Internacional de Habilitação:
É feita no Detran, com taxa e prazo de entrega variáveis. A nossa saiu de um dia para o outro e vale até expirar a CNH. Em alguns lugares como a Nova Zelândia vale muito a pena alugar um carro tanto pelo preço como pela liberdade.

Dinheiro e câmbio:
Como nao dá para levar todo o dinheiro no bolso uma boa opção é o cartão de débito internacional, que faz a conversão pelo câmbio oficial e o saque é na moeda local. No site do Banco Central (www.bcb.gov.br) é possível ver os valores de conversão.

Assim organizamos nossa viagem. A partir de agora registraremos nossos momentos especiais dessa longa jornada. Amigos, família e todos aqueles que quiserem nos acompanhar escrevam comentários ou e-mails que estaremos sempre em contato. Desde já...